segunda-feira, 29 de novembro de 2010
The Beggining
Carta aberta de uma paciente do DOC
"Caro Doc.,
Peço-lhe que mantenha anónima esta minha missiva, pois como sabe sou comprometida, mas não podia deixar de lhe agradecer o tratamento de que fui alvo na passada semana passada no seu consultório. Nunca mais me esquecerei da madeira da sua secretária!
De facto, e começando pelas massagens corporais de shiatsu nos pontos nevrálgicos do meu corpo, o Senhor Dr. fez milagres a esta sua paciente que já se julgava incapaz de sentir o mínimo tesão. Sabe, é que a espécie masculina que por aí prolifera não entende nada de como agradar a uma mulher. Mas o senhor, ai o senhor é especialista.
As suas mãos despertaram uma fonte que julgava extinta há algum tempo, inundando a minha "pombinha" de um líquido do qual eu já não me lembrava que existia. E lembra-se como de repente arranquei a roupa toda e fiquei em pêlo à sua frente?
Pois é Senhor Doutor, é que a sua língua faz milagres. Acorda uma morta, ai se acorda.
E a propósito de acordar, eu é que despertei toda quando o Senhor me pôs de quatro no acto como canta a Rita Lee e fez de mim Gato Sapato (até tirei os sapatos de salto alto) e me cavalgou a toda a brida em cima da secretária.
Quem resiste a uma canzana, mistura fodenga entre uma cadela e uma égua?
Pois eu sei quem não resiste, é a Roxana.
Por tudo isto meu caro Doc, peço-lhe vivamente que celebre alguns acordos
com as seguradoras, para que eu possa ir aí tratar da minha saúde com a
regularidade de que a mesma necessita.
Beijando-lhe a ponta, subscrevo-me despidamente,
sua Roxana"
Peço desculpa minha cara Roxana, mas tinha de publicar sua carta.
(Não podia deixar de o fazer)
Doutor
domingo, 28 de novembro de 2010
Dante's Home
Um cruzar de linhas...
Um trocar de números...
Um telefonema que não chega...
Uma espera incerta...
Um telefone a tocar...
Uma voz que deslumbra...
Um convite que acontece...
Um combinar...
Uma ida...
Um "enchantment"...
Um quase "blind date"...
O chegar...
Uma recepção...
Uma bebida...
A predisposição...
Acompanhados de um bom vinho, uma musica muito suave no volume certo, a atmosfera que se respirava era Quente, uma noite fria lá fora, a lareira acesa a dar aquela média luz, ela com um sensual roupão a condizer com o vinho, e com o ambiente, conversas amenas com temas quentes e desenfreados, carregados de desejos ardentes, um olhar sem tocar, desejo crescente, um ar viciado, duas mãos que se tocam.
Ela liberta-se mais um pouco, tira o roupão e eis que a sua silhueta elegante era acompanhada por uma lingerie pouco ousada mas ao mesmo tempo muito sensual em tons de rosa fuchsia, quis avançar, pediu-me para esperar, calmamente como uma brisa a acariciar as espigas de trigo começou a dançar, à medida que executava a sua coriografia a roupa começou a "cair", aproxima-se, acaricia-me e simultâneamente tirando-me a roupa, senti-me como se estivesse em casa de "Asmodeus", tal não fosse embriagante toda aquela Luxúria, entregamos alma e corpo a todos os nossos Desejos.
Fugitivo
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
O magia de um olhar
Estava num dos meus habituais locais de lazer e descontracção, (explicando para todos os que não me conhecem, num simpático bar algures a partilhar uns momentos com um bom malte), quando vejo a passar para o edifício mesmo de frente alguém cuja silhueta não me é totalmente desconhecida, ainda não tive a hipótese de trocar quaisquer palavras com tais enlouquecedouras curvas, mas sim por já termos trocado alguns olhares e uns tantos sorrisos também, e todos sabemos que um olhar por vezes diz mais que mil palavras.
Mas regressando ao assunto em questão e não divagando mais, eis que a vi passar, e reparei que ela ao chegar à porta esgueirou um pouco do olhar disfarçadamente para esplanada, talvez procurando alguém em especial ou só ver quem lá estaria, e fixou-me por milésimas, se estava a pensar em me ir embora, rapidamente mudei de ideias e ali fiquei olhando para todas as janelas do edifício em questão, imaginando em que andar ela estaria e se haveria a probabilidade de até ali residir, e se viria por acaso à janela.
Por sorte a minha espera não foi das maiores, eis que nem 10 minutos volvidos, aparecem umas inconfundíveis curvas à varanda do 3º andar, e a mira do seu fulminante olhar estava colocada em mim, isto sem querer ser abusivamente convencido, ela devorou-me de ponta a ponta, como se me desejasse mais que tudo na vida.
Nesse momento comecei a fazer importantes cálculos desde como seria o chegar até lá a cima, até ao detalhe de como uma mulher deslumbrante como aquela não teria um qualquer companheiro, mas tudo isto em breves segundos, pois há coisas que não podem ser deixadas resfriar, tal como este momento. Ela continuava lá a mirar, como a ver se eu teria uma atitude condigna do já nosso habitual trocar da olhares, em que a devorava como se não houvesse outra no planeta.
Decidi-me e avancei em direcção à entrada do edifício, mas sempre na duvida, abrirá ela a porta, será que é verdadeiro e não bluff aquele olhar matador que ela me jogou!?
Como não tenho por habito duvidar dos meus instintos primários, continuei sem hesitar, e na ultima hipótese que tive de olhar para a sua varanda vejo que os estores já estavam descidos mas as curvas dela viam-se pelas frinchas dos mesmos devido à luz que estava por trás, momentâneamente senti que algo não estaria a correr como gostaria, mas continuei.
Quando chego junto à porta e de frente à câmara de vídeo porteiro eis que se acende a luz da mesma e a porta abre, sorri e subi, ao sair do elevador eis que a sua porta se encontrava aberta, um pouco à defesa e por não gostar de surpresas desagradáveis precavi-me, entrei com muita calma pois só havia uma pequena luz de presença e olhei bem tudo à volta, nisto oiço uma voz melodiosa e doce que me diz.
"Por favor não me faças perguntas e deixa as coisas acontecerem, por favor."
Senti que ela o desejava à muito e não queria estragar o momento com palavras desnecessárias e apresentações sem nexo, o que comandava aquele momento era única e exclusivamente o desejo.
Como cavalheiro que sou o resto não o poderei descrever pois estaria ir contra a minha conduta, mas posso vos assegurar que esta historia não ira acabar por aqui...
Tratamentos de Roxana
“Vá lá, beba o leitinho todo. Não vale cuspir, senão fica com dóidói na maminha. Vamos lá, é só mais um e já vamos por gelinho no pescoço e nos joelhos”.
"Isso trate com a minha assistente".
Depois de resultados positivos como este, como poderia não gostar da minha profissão.
Doutor